No âmago da infância
mora um limoeiro
que dá sumo e cor
à orla da memória
É nessa raiz
matricial
nessa linha
indelével
traçada entre o sol e o sal
que se colhem os frutos
mais ternos e doces
É nesse chão
fértil e litorâneo
que as mãos
se comprazem
em gestos
de deleite
e em afagos
murmurantes
É nessa costa
íntima e transparente
banhada pelo perfume
dos maracujás e da cidreira
que rodopiam os laços
de um pião que nunca
deixou de dançar
V. Solteiro, 30.07.07
mora um limoeiro
que dá sumo e cor
à orla da memória
É nessa raiz
matricial
nessa linha
indelével
traçada entre o sol e o sal
que se colhem os frutos
mais ternos e doces
É nesse chão
fértil e litorâneo
que as mãos
se comprazem
em gestos
de deleite
e em afagos
murmurantes
É nessa costa
íntima e transparente
banhada pelo perfume
dos maracujás e da cidreira
que rodopiam os laços
de um pião que nunca
deixou de dançar
V. Solteiro, 30.07.07
2 comentários:
Encontrei este canto noutros cantos, e a curiosidade do nome despoletou a minha visita. Parabéns, tenciono voltar mais vezes, as palavras são de todas as formas e rimadas com a arquitectura e o verde têm definitivamente um sabor diferente.
Olá Dalaila!
Bem vinda ao Arquitectura...
Espero que tenha gostado de conhecer os cantos da casa.
Volte sempre...
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