Não cales o sangue que corre
na nuvem do gesto.
Com mãos de cal
rasga a folha que ainda verte
o canto da trégua.
Fulmina os dedos
da tempestade!
Nas veias do relâmpago
há uma língua que se refaz.
No caule da saliva
há um pulso que não se aquieta.
Texto e fotografia de V. Solteiro
centelha de luz
desfiando
a colcha do tempo
a borboleta
desenha na íris
a branca asa
do linho
Texto e fotografia
de V. Solteiro