Um povo não é livre em águas mornas...
"Das prensas dos martelos das bigornasdas foices dos arados das charruasdas alfaias dos cascos e das dornasé que nasce a canção que anda nas ruas.Um povo não é livre em águas mornasnão se abre a liberdade com gazuasà força do teu braço é que transformasas fábricas e as terras que são tuas.Abre os olhos e vê. Sê vigilantea reacção não passará diantedo teu punho fechado contra o medo.Levanta-te meu Povo. Não é tarde.Agora é que o mar canta é que o sol ardepois quando o povo acorda é sempre cedo.""Soneto do Trabalho", de José Carlos Ary dos Santos, Lisboa 1937-1984
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