Pouca terra...
na plataforma do escuro
des.espero
pela incandescência
dos carris
por uma febril faísca
que mova
o frio
o fio
da memória
na carruagem
das anémonas
prescruto
a eléctrica tensão
dos dormentes rostos
presos à locomotiva
de um sopro
[senhores passageiros
dentro de momentos
vai dar entrada
na linha número um
o comboio com destino
ao país dos anestesiados]
Fotografia e texto
de V. Solteiro
Entre[a]berto
ardem de desejo
as paredes
ainda que uma fenda
as rasgue
e a ruína se apodere
do seu corpo
a cal teima em ferver
nas brancas órbitas
do postigo
Texto e fotografia
de V. Solteiro
Subscrever:
Mensagens (Atom)