Pesadas
fundas
cavernosas
as horas
afundam-se
nas rugas
da página
até a
esferográfica
adormecer
de cansaço
Crio
Desfaço
Reinicio
Desfaleço
Tudo me soa baço
- até o recomeço
Espeleólogo
de vocábulos
sondo
o ar e o espaço
até vislumbrar
a claridade
Emaranhado
no novelo
desfio-me
desafio-me
Como
desatar
este laço?
V. Solteiro, 09.10.07
10 comentários:
gosto dele,música/ritmo/espaço/ humano .respira no traço sem cair num sono gelado.
talvez o admire mais, porque o sinta tendo por tecto, as estrelas, e por leito onde corre, a terra...
***maat
beijo do dia...
Bem concebido o poema!
A fotografia também nos leva ao fundo da questão.
Um abraço.
Este post levoume a viaxes e intres inolvidables para min...
Gracias por este post viaxeiro.
Unha aperta grande.
:)
Olá Maat!
Como sabe bem ler as tuas gentis e doces palavras...
Mais ainda porque sinto (neste mundo virtual também se sente isso!)que elas são escritas com pureza, sem artíficios de espécie alguma...
Obrigado por me acordares para a poesia, amiga... :)
Olá Hanah!
Madrugada fria, sonolenta e engripada; mas aquecida por um beijo. Que atravessa o atlântico...:)
Olá Vieira!
Gosto do namoro que as palavras e as imagens encetam. Como dois eternos apaixonados...
Obrigado.
Abraço.
Olá Marinha!
É tão gratificante ouvir isso...
Colocar as palavras a viajar, viajar com as palavras, é algo que almejo atingir quando escrevo. Se o consigo ou não, isso já é outra história, outra jornada...:)
Abraço do tamanho da palavra AMIZADE.
Assim as cavernas se levantam, nestas palavras, com ritmo, devoção, com recomeços de claridade...
Os novelos desenlaçam-se em palavras, até a tinta cair de pintar as pedras das cavernas.
Bonito! mesmo
Olá Dalaila!
Há qualquer coisa de divino e indizível num poema que transporta e transmite claridade aos outros.
É uma luta feroz esta de onvencer as palavras a serem um pedaço de nós. Se os nós se desatam e enrendam quem nos lê, então valeu a pena a viagem ás entranhas da terra...
Dia límpido e claro.
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