e a lembrança que tira, até ser ele,
é doutro e mesmo, é ar da tua boca
onde o silêncio pasce e a noite aceita.
Donde estás, que névoa me perturba
mais que não ver os olhos da manhã
com que tu mesma a vês e te convém?
Cabelos, dedos, sal e a longa pele,
onde se escondem a tua vida os dá;
e é com mãos solenes, fugitivas,
que te recolho viva e me concedo
a hora em que as ondas se confundem
e nada é necessário ao pé do mar."
"O mar é longe, mas somos nós o vento", poema de Pedro Tamen
http://www.astormentas.com/
Fotografia de Yuri B, denominada "Summer Wind": http://www.photoforum.ru/
2 comentários:
O vento somos nós, quer sejamos brisa, ou rajadas, somos nós.
O mar nos recolhe, vivos porque nos deitamos nele, e em sal nos salpicamos, e em frio nos mergulhamos, mas nós somos vento, então temos o poder de fazer ondas, altas,e marés baixas... somos vento por isso podemos sempre cortar a luz, e aumentar o mar.
Boa noite!
É isso, Dalaila - o vento habita em nós.
Em cada brisa. Em cada rajada. Nas folhas que se evolam. Nos ramos que pendem. Nas ramagens que fendem. Na copa que se compõe exuberante na primavera.
Somos tudo isso. E ainda raiz. E ainda água. E ainda fonte...
Boa noite!
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