
Henri Troyat, escritor e historiador francês


"Creio, sim, na acção individual, no gesto de simpatia e de entreajuda, pessoa a pessoa, em todas as formas de amor."

"Pode-se facilmente julgar o carácter de um homem pela maneira como trata os que nada podem fazer por ele."
Mark Twain, escritor norte-americano
http://pt.wikipedia.org/wiki/Mark_twain
Fotografia de Diane Green Lent http://dianelent.com/
Já passaram muitos anos desde que o descobri. Tudo aconteceu de forma casual, no jornal "Blitz". Ao desfolhar uma das páginas, deparei com uma foto sua, onde aparece, cabisbaixo, fumando um cigarro, todo ele vestido de negro, passeando por aquilo de parece ser uma praia (ou será um deserto?). O que mais me impressionou foi o ar triste e desolado.
Já passaram muitos anos desde esse encontro e, ainda hoje, quando revisito as suas músicas, melancólicas e lânguidas, é como se Nick Drake estivesse aqui a meu lado, longo casaco negro vogando ao vento, cantando como quem dialoga com as marés da alma...
Vislumbro
"Nenhum espelho reflecte melhor a imagem do homem do que as suas palavras."



"Ouvi dizer que o nosso amor acabou"Ouvi dizer...", letra de Manuel Cruz, músico dos extintos Ornatos Violeta; a interpretação conta com a participação de Vítor Espadinha; inserta no álbum "O monstro precisa de amigos".
"Signs of Love", fotografia de Nikola Proynov, in http://www.photoforum.ru/







"O que é preciso é alcançar a serenidade de uma vida já sem ilusões, a aceitação quase sorridente da desgraça. A sabedoria plena."
"As gentes da aldeia, sempre ouvi dizê-lo, têm um rio nos olhos, entra-lhes pelos ouvidos dentro o rumor da sua água, nas narinas os cheiros dos limos e das romãs, na boca o sabor da terra."

"Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício
Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição
Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar]
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita
Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar
"You are welcome to Elsinore", poema de Mário Cesariny
Fotografia de Nastya Savelievskih, intitulada "Words through the glass": http://www.photoforum.ru/


"Só se tem uma vida, portanto há que vivê-la de uma forma digna. Sem nos desprezarmos. E tendo em conta que a felicidade é um dever."