Sequiosa
de gelo e fogo
a ferida
liquefez-se
em sangue
do luar
Fustigados
liquefez-se
em sangue
do luar
Fustigados
pela neve
os lábios
fundiram-se
num apelo
lancinante
os lábios
fundiram-se
num apelo
lancinante
Um rio
infiltrou-se
entre os
seus altivos
muros
e galgou
todos os
e galgou
todos os
diques
da injustiça
Proscrita
a sua face
cicatrizou
o medo
e a Paz
voltou a florir
pelos interstícios
da fenda
V. Solteiro, 20.09.07
Nota: palavrinhas alinhadas a partir do poema e do post de 19.09.07 intitulado "Férida Ávida", publicado no blog ContorNUS - http://contornus.blogspot.com/
Foto intitulada "Torghatten", de Jens-Chr Strandos, disponível aqui: http://www.photoforum.ru/
6 comentários:
E com a fusão dos lábios,
todas as feridas,
todos os desertos,
se desfizeram
num rio trabsparente puro,
sem fendas,
onde só a neve arrefecia a pele.
:) bom dia!
Olá Dalaila!
Linda, essa derivação; melhor que o original... :)
É curioso verificar como, cada um de nós, reinterpreta as palavras e lhes dá um sentido e um significado diferente. São essas múltiplas ramificações que me fascinam na poesia, tal e qual como nos blogs. Obrigado.
Dia luminoso, como o farol...
Posso fazer mais um alinhavo lá no "meu" outro blog Sobretudo...
O que quero dizer é posso fazer um copy paste para lá????
Beijo colorido de Boa Semana
Olá Hanah!
Claro que sim!
Estás completamente á vontade.
Agradeço a tua simpatia. E empatia...
Semana arco-íris.
E como não ter empatia com tanta sensibilidade.
Fiz um PathWork por lá...
se queres dá uma passada lá no SOBRETUDO...
beijo de primavera
Olá Hanah!
Obrigado.
Beijo de outono.
Multicolor.
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