"Uma música que seja...como os mais belos harmónicos da natureza. Uma música que seja como o som do vento na cordoalha dos navios, aumentando gradativamente de tom até atingir aquele em que se cria uma recta ascendente para o infinito. Uma música que comece sem começo e termine sem fim. Uma música que seja como o som do vento numa enorme harpa plantada no deserto. Uma música que seja como a nota lancinante deixada no ar por um pássaro que morre. Uma música que seja como o som dos altos ramos das grandes árvores vergastadas pelos temporais. Uma música que seja como o voo de uma gaivota numa aurora de novos sons."
Vinícius de Moraes
4 comentários:
Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo
Diz o Neruda, e associando que a música seja a de Vinicius, o vento soprará forte, e entramos todos nesta música de palavras e de vontades de também sermos música para sermos tudo o resto, e voaremos na aurora da vida com o desejo cada vez mais presente do infinito.
:)
Vinícius é a vida toda em estado puro e bruto...:)
Parafraseando Neruda: só quem viaja muito dentro de si e com os outros tem o dom de transmitir tantas emoções de forma tão condensada...
Uma música que seja como se "houvesse um lugar a conduzir-nos".
Olá Mir!
Uma música que seja, composta com todas as articulações do nosso Ser...
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