Entre cirrus e cumulus...
(ao mar de nuvens)
As imagens
que as palavras
des-constroem
erguem-se
frágeis
numa ode
aos alicerces
das nuvens
Os cirrus
e cumulus
projectam-se
num vazio
pleno
de firmamentos
Vazio que se abre
lânguido
por cima dos ombros
serpenteantes
da falésia
O tempo
é o espaço
que resta
entre duas mãos
entrelaçadas
Deitados na areia
ou emudecendo sob o estorno
amadurecem os amantes
V. Solteiro
03.04.07
2 comentários:
...delicadíssimo poema entregue às mãos do mar.
como delicado é pousar na Terra...e um dia voar...
***maat
Maat,
O mar é um daqueles amigos inseparáveis que duram por toda a eternidade...
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