Onde foi que nos perdemos?...



"Aconteceu,
Eu não estava à tua espera
E tu não me procuravas,
Nem sabias quem eu era,
Eu estava ali
Só porque tinha que estar,
E tu chegaste
Porque tinhas que chegar,
Olhei para ti,
O mundo inteiro parou,
Nesse instante a minha vida
mudou,

Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos
O que foi que aconteceu

Aconteceu,
chama-lhe sorte ou azar,
Eu não estava à tua espera
E tu não voltaste a passar
Nunca senti
Bater o meu coração
Como senti
Ao sentir a tua mão,
Na tua boca
O tempo voltou atrás,
E se foi louca essa loucura,
Essa loucura foi paz

Tudo era para ser eterno
E tu para sempre meu
Onde foi que nos perdemos
O que foi que aconteceu?"



Letra e Música: Tózé Brito
Intérprete: Ana Moura
Álbum: Aconteceu, 2004

2 comentários:

Dalaila disse...

(...)
Era mais difícil perder-te,
e, no entanto, perdi-te.

Era mais difícil inventar-te,
e eu te inventei.

Posso passar sem as imagens
assim como posso
passar sem ti.
(...)
Já Raúl de Carvalho, e se calhar o universo pergunta porque se perde o eterno...

Assim, escreve Miguel S. Tavares "Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhámos a cara, para sempre passaremos pela sombra da árvore onde tantas vezes parámos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela
Apenas nos iludimos, julgando ser donos das coisas, dos instantes e dos outros. Comigo caminham todos os mortos que amei, todos os amigos que se afastaram, todos os dias felizes que se apagaram. Não perdi nada, apenas ilusões de que tudo podia ser meu pra sempre."

Assim, se calhar nunca se perdeu...
:)

lupuscanissignatus disse...

Obrigado, Dalaila.

A memória, se bem cultivada, pode ser o canteiro do eterno...