Silenciosamente
absorvo
todas as sílabas
que se desprendem
dos ramos
do quotidiano
Silenciosamente
interiorizo
a ideia
recorrente
de morte
que o sol
irradia
Silenciosamente
soletro
com deleite
a vida
que se esconde
nos líquenes
Silenciosamente
sorvo
com delícia
os estranhos ruídos
que o motor
do coração
liberta
Silenciosamente
ligo
a ignição
dos sentidos
e coloco
a caravana
da poesia
em movimento
Silenciosamente
Enquanto
a noite
dorme
V. Solteiro, 20.04.07
3 comentários:
silenciosamente reverencio o silêncio do poema.
vejo o coração cósmico escondido nele...
***maat
...e a Beleza é um intervalo nos versos de ti...
***maat
Obrigado, Maat.
O silêncio é a fonte de todas as palavras...
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