"Guio-me
Por teus olhos abertos
Sobre a trémula e ardente
Superfície das lágrimas.
De tantas coisas
É feito o Mundo!
Entre escombros, espigas, dias e noites
Procuram os homens ansiosamente
O ramo de louro.
Quando, fatigados,
Próximos estão do limiar, do pórtico,
Os homens deixam, à entrada,
Suas mais queridas coisas.
E ei-los que apenas se incomodam
E se interrogam
Sobre o modo mais simples
De se despir e adormecer."
"Guio-me", poema de Raul de Carvalho, in "Mesa da Solidão"
Sem comentários:
Enviar um comentário