As Mós e os nós I



Inefável
andarilha
de noites
sonâmbulas
de esperança
e de trilhos
sinuosos
povoados
por giestas
e carrascos
a memória
do tempo
em que o canto
das cigarras
era um hino
ao ouro do trigo
veio pousar
qual cotovia
exausta
nas pupilas
incendiadas
pela ternura

V. Solteiro, 26.06.07

Imagem retirada daqui: http://www.cm-fozcoa.pt/

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