Serra do Caramulo,
Janeiro de 2008
espelhar
a Paz
que se reflecte
sobre estas fragas
é demanda
sem tempo
nem termo
fico-me
pelo labor
do artesão
ante a obra
inacabada
com dedos
trémulos
moldo
a argila
dos penhascos
à lingua
dos pássaros
e ofereço-vos
um carvalho
de asas
(com raízes
presas
à quietude)
V. Solteiro, 01.02.08
4 comentários:
ao descer pelos versos,trémulos, não esperava uma "quietude" final. mas se face ao inacabado beneficiarmos de quietude, a desarmar idealismos escravizantes, tb assim teremos um tesouro:)
Olá Icendul!
Trémulos de prazer, escavamos nos pequenos nadas os alicerces que sustêm o corpo e equilibram o espírito...:)
Na ousadia, ficou-me a imagem de um carvalho protegendo um "ninho”.
Doce.
Olá Ana!
Árvores que nos fitam, enlaçam e abraçam...:)
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