"(...) Daqui a uns anos vou desaparecer do mundo dos vivos, e ainda bem. Os outros que agora estão a nascer têm de aprender outra vez todo este encadeado de perguntas do que se sabe, ou não se sabe, ou o que não se pode concluir, porque não há modo de saber. Têm de descobrir outra vez todo o caminho. Aí é que está o embaraço da humanidade, nesta permanente relação entre vida e morte. Tenho uma pasta em que escrevi sobre o fenómeno da morte, que é algo de curioso. Há seres que praticamente não morrem. Isso passa-se mais ao nível do vegetal. A bactéria parte-se em duas e em relação a cada uma a ideia é:o que era? Mas isto continua sempre. Se disséssemos que a bactéria que hoje vemos ainda é a mesma que existiu há milhares de milhões de anos, não estávamos a mentir(...)."
Fernando Lanhas, arquitecto e artista plástico, in "O que a vida me ensinou"
4 comentários:
Passei para deixar um beijo de boa semana....
todo o caminho me traz aqui, a adorei este texto, tão vivo, tão desenhado
Olá Hanah!
O teu caminho está repleto de generosidade.
Obrigado. Boa semana.
Beijo.
Olá Dalaila!
Que o caminho não seja em vão...
Que o trilho seja calcorreado por passos leves mas enérgicos...
Porque o percurso - mesmo que cheio de cruzamentos e entroncamentos - somos nós que o fazemos!
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