Para o Mondego
Colocar uma pedra sobre o passado
é obra apenas ao alcance
de animais de grande porte
O território do olvido
- sabem os nativos -
é área de reserva integral
onde a caça à bruma
é de todo interdita
Quando sombras furtivas
desenlaçam a flor de arame
gera-se um tumulto inaudível
que quebra o mármore da laje
mais robusta
A lápide recorda-nos:
área de paisagem desprotegida.
V. Solteiro
3 comentários:
Vamo-nos tornando forasteiros negligentes deste planeta azul...
Gostei muito deste poema dedicado ao Mondego, o meu rio.
Uma boa semana.
Beijos.
Não há pedra grande o suficiente para cobrir o passado. Bonito poema. Abraços do lado de cá do mar.
Estava desprotegido...
Mas protegeu sempre!
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