órfãos
do rumor
das águas
soletramos
a argila
das sílabas
no leito
rugoso
da solidão
náufragos
de salinas
avenidas
ínfimo tronco
entre destroços
submergimos
na corrente
dedilhando
desérticos
violoncelos
adágio
andante
cantabile
o céu
ir
rompe
na cadência
da monção
Poema e fotografia
V. Solteiro, 09.05.08
14 comentários:
muito bom passar por aqui...
tempestades que se
avizinhem ~
Pois que irrompa o céu, na caddência da monção...
Abraço
P.
SEU BLOG ESTÁ CADA VEZ MAIS PROFUNDO, ONDE É BOM VOAR, ABRAÇO, ROGEL SAMUEL
Escrita de terra e água.
CSD
Excelente poema, e a metáfora dos "desérticos violoncelos" está muito bem desenhada. Octávio Lima (ondas3.blogs.sapo.pt)
que a argila do húmus fique impressa dos passos que se decidem contra a inércia e calcam a solidão.
Olá Hanah!
O mesmo se aplica ao Alfazenite...
Olá Pi!
Ouvem-se ao longe os trovões... :)
Olá Baudolino!
Com o compasso de uma música de Django Reinhardt :)
Abraço.
Olá Rogel!
Gentileza a sua...
Que esse voo seja longo, duradouro e revigorante...
Abraço.
Olá Cláudia!
Escrita que corre nas entranhas...
Olá Octávio!
A escrita como desenho. De imagens. De sentimentos. De emoções. De monções...
Agrada-me esse conceito...
Obrigado.
Abraço.
Olá Icendul!
Com a argila moldamos o rosto da solidão...nas labirínticas e desmesuradas avenidas da ambição...
Embriagados passos aqueles com que calcamos o nosso irmão...
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