"Frente ao mar
meu corpo ardente e nu de marinheiro pelo sangue.
Fervem-me nas veias
um milhão de ondas em repouso
Em meus olhos cativos e saudosos
- imagem da minha solidão imensa -
o abraço que me une a ti
ó mar
deus pagão de olhar luminoso e belo!
Recebe ó mar este afluente silencioso
que para ti corre
e contigo se confunde:
o líquido canto a quem me ligo
pelo drama de não ser só teu."
"Um Corpo Um País", poema de Casimiro de Brito
7 comentários:
..."Recebe ó mar este afluente silencioso..."
verso sublime e infindo em
nossa alma atlântica que só sabe medir-se no Longe e na Distância ...
***maat
mar que nos bate dentro e nos molha a pele e nos arrebata o salgado da vida
queria de ti um país de bondade e de bruma...
Olá Maat!
O silêncio é um afluente do coração...
Isso está bem retratado nesse magnífico verso...
Olá Dalaila!
Mar que nos ama...
Olá L.
"(...) queria de ti o mar de uma rosa de espuma"
Ainda e sempre, Cesariny...
"Frente ao mar..."
Encontro o meu mundo.
Nele perco-me em pensamentos
e nele mergulho tudo aquilo que sou.
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