"Eis-nos como ilhas submersas:
À tona bóiam os restos que nos consentem,
Iluminados por um luar que a poesia recusa.
Do dilúvio - se afinal o foi -
Tudo foi inútil,
Como há muito o éramos,
Ilhas que fôramos.
Como ilhas de ódio cercadas,
Estagnando o sangue e o sonho,
Como ilhas vivíamos...
Se a vida era o olhar indiferente
E o gesto petrificado.
Como ilhas éramos todos,
Ilhas agora submersas:
À tona, bóiam
Os restos que nos consentem."
"Arquipélago", poema de Tomaz Kim, in "Flora & Fauna"
"Islands float past", fotografia de Valeria Strunnikova, in http://www.photoforum.ru/
3 comentários:
tanto. as sim...
melancolicamente. restos...
~
Olá Pi!
"ilhas
agora
submersas"
Não somos uma ilha, mas estamos a criar cada vez mais uma ilha isolada dentro de nós e em nosso redor!
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