sonegam a ínfima luz que resta.
Enterram-na no mercado do estupro
e do estupor.
No alçapão dos espoliados
escondem um país que jaz.
Tecem loas ao vácuo
que faz vibrar
a corda dos desesperados.
Texto de V. Solteiro
Fotografia sem título de Irina Pidova
Fotografia sem título de Irina Pidova
5 comentários:
Aflitivo, como o momento e tão real que se lhe pode tocar...
Um beijo
Bom dia.
Excelente poema. Ao mesmo tempo, forte, verdadeiro e intrigante. Infelizmente, o mundo quase todo parece estar vivendo assim: louvando o inverso da virtude.
Parabéns, poeta.
Um abraço!
[e parece que ninguém quer acordar...]
Tecer loas ao vácuo... é belo, apenas!
Beijo meu.
e a dormência em torpor...
Belo, apesar de realmente triste.
Um certo desespero intocável, mas que pode ser sentido intensamente...
muito bom! XD
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