O caule e a cal...



























Não cales o sangue que corre
na nuvem do gesto.
Com mãos de cal
rasga a folha que ainda verte
o canto da trégua.

Fulmina os dedos
da tempestade!

Nas veias do relâmpago
há uma língua que se refaz.
No caule da saliva
há um pulso que não se aquieta.

Texto e fotografia de V. Solteiro

10 comentários:

Lídia Borges disse...

O caule na promessa da vida que se renova.
Não se aquiete o pulso que dá corpo a este sentir, a este dizer.

L.B.

Unknown disse...

Gostei muito. Abraço.

Sândrio cândido. disse...

Imagens belas.

Luiza Maciel Nogueira disse...

essas percepções naturais profundas me encantam :)

beijos

Jefferson Bessa disse...

brota da sua escrita
o que se refaz, amigo!
Adorei
Um abraço
Jefferson

Úrsula Avner disse...

Olá meu caro,

apreciei sua escrita poética... Bonitas metáforas, bem colocadas no corpo do poema. Grata por sua visita e comentário. Um abraço.

Graça Pires disse...

"há um pulso que não se aquieta."
Ainda bem porque é o pulso que segura a mão que escreve poemas assim. Muito belo!

icendul disse...

aquiete-se somente o que quer que aquiete a realização.

pulsar.
respirar.
ampliar.
ser.

Graça disse...

que não se aquietem as palavras


beijo

Moisés de Carvalho disse...

Magistral : o caule e a cal...!

abraços !