A língua do mar...

mudo
ante a alterosa
língua do mar
o pescador
de crepúsculos
lança as redes
do olhar
a um cardume
de nuvens


à proa
do azul
tange
a harpa
do silêncio


Texto e fotografia
de V. Solteiro

16 comentários:

Lídia Borges disse...

(...)
o pescador
de crepúsculos
lança as redes
do olhar
a um cardume
de nuvens(...)

O que dizer de uma imagem assim?
Deixo a minha admiração.

L.B.

carlos pedro disse...

Um poema lindíssimo!...
(com foto a condizer)
Abraço amigo

Luiza Maciel Nogueira disse...

sem palavras de tão lindo poema! grata!

beijos!

Natural.Origin disse...

Belo...

:)

M.A. disse...

lindíssima (foto)grafia.

Beijo,

***
mariah

AnaMar (pseudónimo) disse...

...E é lua Cheia (desta poesia)

Kézia Lôbo disse...

Mar e adorado mar...
Misterioso e infinito..
que sustenta uma
eterna solidão...

Adorei XD

Gabriela Rocha Martins disse...

amei




.
um beijo

Ana disse...

Em silêncio perante a beleza das palavras e da imagem.

Sonia Schmorantz disse...

Está lindo o design deste espaço, dá uma sensação de amplitude. Um poema igualmente muito bonito!
abraço, ótima semana

icendul disse...

"lanço a rede do olhar" a estas palavras e retorno ao dia, com sal e sol devolvidos no gesto.

uma semana cheia de Luz*

Joaquim Maria Castanho disse...

Cruzam-se Vozes na Breve Altivez

Esfarelados escombros resumem os locais a histórias
Todas elas abertas aos acesos movimentos dos tempos
Por demais interrogativas e subtis nas fugazes memórias
Essas consumidas sem pios desvelados consentimentos
Alternos à dor, afoitos ao medo, idos contornos serôdios
Repartidos no degredo à volta do imenso ocaso no azul
Que feito ânsias já não vão além nem vêm, sequer restam
Lodo ou nesga de sombra movediça, chão de qualquer paul.

Cruzam-se vozes na breve altivez, qual sotaque da silente cor
Fazem aos homens outros homens o favor da infrutífera espera,
Mas quanto mais profunda é soletrada a profundidade em flor
Mais desmaiam os ângulos da igual redondez na global esfera.

Fosse a terra toda una e ninguém haveria de escorrer na solidão
Que isso do mundo é uma palete que se comete sem incriminar
Sem violar a integridade aos nomes nem lhes roubar a sede e pão
Cuja água nunca mata porque o seu mister é tão-somente saciar!

MariaIvone disse...

Lindo!!!

continuando assim... disse...

excelente ---- junção da foto e texto... caçador de crepúsculos ... muito bom !
bj

passeie por aqui ...e ficarei

teresa

Chinezzinha disse...

Lindo...lindo!
E como sempre uma escolha perfeita na fotografia.
:)
Bjs
Ana

Jefferson Bessa disse...

Lindas imagens no poema.
Linda imagem na fotografia.

Parabéns!

Jefferson.