"Não se perdeu teu sangue generoso,
Nem padeceste em vão, quem quer que foste,
Plebeu antigo, que amarrado ao poste
Morreste como vil e faccioso.
Desse sangue maldito e ignominioso
Surgiu armada uma invencível hoste...
Paz aos homens e guerra aos deuses! - pôs-te
Em vão sobre um altar o vulgo ocioso...
Do pobre que protesta foste a imagem:
Um povo em ti começa, um homem novo:
De ti data essa trágica linhagem.
Por isso nós, a Plebe, ao pensar nisto,
Lembraremos, herdeiros desse povo,
Que entre nossos avós se conta Cristo."
"A Um Crucifixo", poema de Antero de Quental
"Blood & Love", fotografia de Petri Volanen, in www.photoforum.ru/
5 comentários:
Antero de Quental, um dos meus íntimos poetas.
Obrigada,
mariah
Antero, talvez um dos nossos melhores autores de sonetos.
Bfs e um abraço
tanta dor
numa fé numa
esp
era
~
Um poema sem medos...
Grandiosa escolha.
Obrigada.
dor, viva
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