"Uma nêspera
estava na cama
deitada
muito calada
a ver
o que acontecia
chegou a Velha
e disse
olha uma nêspera
e zás comeu-a
é o que acontece
às nêsperas
que ficam deitadas
caladas
a esperar
o que acontece"
"Rifão Quotidiano", poema de Mário Henrique Leiria
Fotografia retirada daqui: havidaemmarkl.blogs.sapo.pt/
12 comentários:
Que agradável surpresa.Um poeta muito pouco divulgado nos blogues.
Poema e non-sense. Gostei!!!
Um abraço
um poema de gosto muito, para além da sua actualidade inequívoca.
Boa semana.
***maat
Doce beijo....
Olá Meg!
Também fui apanhado de surpresa pelo sabor, amargo e doce, deste poema de Mário Henrique Leiria.
Definitivamente, um poeta a (re)descobrir...
Abraço frutuoso.
Olá Maat!
A simplicidade com que está urdido e a acuidade da mensagem que contém é absolutamente fascinante.
Só ao alcance de um grande poeta.
Continuação de boa semana.
Olá Hanah!
Beijo doce.
não conhecia este poeta....
mas quem espera.... não acredito que alcance....
acredito que a espera, não poderá ser sentada....
mas sim, com força.
beijo
Gustoume moito a imaxe e gustáronme moito tamén as palabras, non conhecía...
Unha apertaaaaa.
:)
Olá Dalaila!
Diz o povo, e bem: "Quem espera, desespera"; "Quem espera, nunca alcança".
O inconformismo é a chave de muitas portas...
Beijo.
Olá Marinha!
A imagem é apetecível, sim; as palavras, essas, são fruto de uma ironia...refinadíssima!
Abraço frutuoso.
quis um certo acaso que aqui viesse parar e ainda bem: levo um bom fruto:)
Olá Vértice Avulso!
Bem-vinda arquitectar...
O acaso tem destas coisas, leva-nos por aí, até desembocarmos numa nespereira carregadinha de frutos...
Bom fim de semana.
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