Ébria de sono e sal
a gaivota despenha-se
do cume da vaga
e vem beijar a duna
outrora intacta
A tempestade que com frémito
assolou a orla nos derradeiros dias
transfigurou as marés
num corcel de indomáveis garranos
As suas poderosas patas
infligiram
nos seus flancos
inenarráveis feridas
disseminando pela pele
os detritos da desumanidade
Vítor Calé Solteiro
Vítor Calé Solteiro
8 comentários:
Imagético! Cavalos brancos de sal e dor.
Lídia
peço licença para reproduzir no meu blog
Olá Rogel!
Licença concedida :)
Obrigado.
Vítor
Tempestade transfigurada em poema.
Muito belo.
Abraço.
Belo!
Lindo <3
Muito elegante, este poema!
Saudações poéticas!
publiquei em
http://literaturarogelsamuel.blogspot.com.br/2014/02/tempestade-httpaarquitecturadaspalavras.html
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