Orfendida


Uma criança brinca com as dobras da noite.
Mãos que falam 
ela borda
o manto da neve e o pranto da névoa
Nada a desata.
Nem mesmo a torre de lama
que ergue e destrói
com gestos de dobadoira.

Vítor Calé Solteiro

3 comentários:

Lídia Borges disse...


"Orfendida"

Neste título uma mar de possibilidades que o poema traduz e induz.

Lídia

Jefferson Bessa disse...

densa noite
que nada desata
solitária

tenha um 2014 com muita poesia!

abraços,

Jefferson

João A. Quadrado disse...


[revolvemos os trabalho dos dias,

enquanto crianças
alma dos instantes mais duradouros.]

um abraço,

bL