folheio o corpo da montanha
como um livro
vivo.
primeiro, tomo o pulso ao cume
e aos hirtos abetos
que resistem
à brancura da página.
quando por fim estanco
no gume do desfiladeiro
deixo os seixos rolar
pelos dedos de bruma
Texto e fotografia
de V. Solteiro
15 comentários:
Ler uma montanha nas entrelinhas só mesmo para os poetas...
L.B.
...o corpo transmudado para o Corpo-Terra...a transcendência...
***beijo
Montanha feita livro, incrível leitura!
MariaIvone
Belo. Apenas.
Um beijo.
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. e por ora a montanha pariu a sílaba que duplicaste à dor e hoje é palavra que sendo nó e nunca dó mas mesmo assim é sempre maior .
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. um abraço .
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. paulo .
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......há palavras que nos mordem como se tivessem dentes.....
.
um beijo
Maravilhoso!!!
Beijo
Li história de pedras, de terra, de árvores, de vidas.
bjins
PAZ e LUZ
A Arquitectura das Palavras, faz parte de um excelente blog. Muito belo. Parabéns!
;))
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. porque re.ler é ler sempre como se fora a primeira vez .
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. re.abraço .
.
. paulo .
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Quando se abrem as escrituras naturais. A fotografia se mescla lindamente ao poema. Um abraço, amigo!
Jefferson.
E deixo o Sol nascer por trás da montanha.
Um beijo
Sublime!
Bjs dos Alpes
excelente
.
um beijo
... por entre a bruma e os seixos invisíveis que, entre a dor e a alegria, se revestem os abetos da vida, assim se arquitectam palavras que como um livro nos dá a consagração do viver a natureza dentro de nós.
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