nos olhos da névoa
ergo um castelo
de cartas.
de cartas.
nelas d.escrevo
o rodopio do ar
e o remoínho das folhas
da infância.
nas suas torres, o cavaleiro-vento galopa uma remota e íngreme voz.
pela amurada, vislumbram-se
estilhaços de objectos que outrora eram alicerce de fundas moradas: porta-retratos, livros, relógios perdidos no tempo.
cego nesse turbilhão
cego nesse turbilhão
de fogo e cinzas
tacteio um trapézio sem rede.
sem temor nem tremor.
como convém a um bom jogador
de cartas.
Texto e fotografia
de V. Solteiro
16 comentários:
arquitecto
de liquidas sombras
_____
beijo
Arquiteto para equilibrar-se num trapézio, lançando-se à sorte como num jogo...
abraço, lindo domingo
excelente poema.
beijinhos,
mariah
Sólidas as palavras, que, perenes, suportam as memórias.
Beijo meu.
jogador com a força certa para um poema "sem temor nem tremor"
Abraços
Jefferson
Talvez o primeiro poema!
Aqui sim, existe poesia (essa palavra tão mal usada...).
Os meus parabéns por este belo trabalho.
Obrigada.
P.s. - o acesso a este blog tem sido de uma dificuldade extrema, talvez o mesmo se encontre demasiado carregado de postagens visiveis, fica a informação.
justaposição
de contrários
e D. Quixote
galopa
a íngreme
utopia
.
beijo
um excelente "golpe de asas..."
.
um beijo
Rodopio de emoções em jogo de poesia. Belíssimo.
A robustez das palavras alicerçando a memória...
L.B.
lavra-granito,
~
Belíssima poesia...
Gostei muito das poesias, aproveito para deixar o link do blog que colaboro: http://mariodeganelli.blogspot.com/
FANTASTICO
Há tanto tempo por aqui e só hoje vi o nome lupussignatus e disse para mim eu conheço este senhor. Sim senhor um grande senhor defensor dos animais e que há muito tempo não nos cruzavamos, não é amigo V.
Grande abraço e tudo de bom, parabens pelo blog fico seguidor naturalmente
Um beijo para o teu fim de semana, Poeta.
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