Nome.ar


"Ninguém possui verdadeiramente alguma coisa. As coisas do mundo pertencem a todos e, sobretudo, a quem aprendeu a nomeá-las. E eu já não consigo nomear nada. Não me lembro sequer de um nome que resuma o movimento desastroso dos dias."

Al Berto, in "Degredo no Sul"
"Ont the edge of the world", fotografia de Oleg Titov

13 comentários:

Graça disse...

Al Berto... sempre belo e tão verdadeiro![gosto dos teus gostos]


Beijo e bom domingo

~pi disse...

não é preciso

nomear,

basta,

[ basta mesmo

a breve in

cidência

do mais mudo

olhar,



beijo



~

Ana disse...

Aprender a sabedoria sem nome do poeta.

Sonia Schmorantz disse...

"Conte a sua história ao vento,
Cante aos mares para os muitos marujos;
cujos olhos são faróis sujos e sem brilho.
Escreva no asfalto com sangue,
Grite bem alto a sua história antes que ela seja varrida na manhã seguinte pelos garis.
Abra seu peito em direção dos canhões,
Suba nos tanques de Pequim,
Derrube os muros de Berlim,
Destrua as catedrais de Paris.
Defenda a sua palavra,
A vida não vale nada se você não
viver uma boa história pra contar."
(Pedro Bial)

Na impossibilidade de entrar em detalhes, como eu gostaria imensamente como todos amigos que tenho, venho trazer um pouco de poesia e desejar que seu domingo, sua nova semana seja de mil cores, que tenhas muitas alegrias!

Um abraço

Sônia

_Sentido!... disse...

É... é isso, basta um mudo e sentido olhar!...
E ninguém possui verdadeiramante nada, mas todos possuímos verdadeiramente tudo..., no movimento dos dias..., que nem sempre é desastroso nem de desalento!...

O olhar da nossa alma... é esse que dita tudo!...

AlBerto, gosto imenso!

Lídia Borges disse...

Al Berto! Uma excelente escolha.
Gosto deste poema.

Bom Domingo!

Gabriela Rocha Martins disse...

nome ar - nome lançado ao ar .quem ousa fazê.lo?

sobre maneira os POETAS
e ,neste caso particular - o Poeta



.
um beijo

Meg disse...

Lupussignatus,

Este é um Al Berto já na curva descendente... sempre de uma lucidez que dói.
Imagem soberba.
Um abraço

_Sentido!... disse...

Respiras as palavras
e mas levas todas
quando as inspiras,
me embaraças,
me deixas sem jeito,
logo eu
que as amo tanto,
deixas-me nua
sem elas.

Bgd. Beijo :))

José Miguel de Oliveira disse...

Também degredo no sul sem Al berto, apesar desse ser o homónimo do meu pai. A norte a morte é mais súbita, mais a pique... sei-o porque sou...granítico.

ZeCarlosM disse...

Uma grande escolha!

Nada possuimos, contudo tudo queremos possuir!

Abraço

Anónimo disse...

Já é a segunda vez que chego a este texto, que o farejo, que dele me aproximo aspergindo sentidos. Pensei com o poema: "Ninguém possui (...) alguma coisa". Sabíamos. Então, porque voltámos ao que ao não estar para nós nomeado. E desse estado até ao não conseguir nomear nada, vai, na verdade, esse "...nome que resum(a)e o movimento desastroso dos dias".

Talvez tenha voltado para dizer isto.

Venho muito pouco a este lugar do lobo "solitário", mas quando me aparece o rasto. Faço perquenas incursões, percursos e passeios.

Grata poe este espaço.
Virei.

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

desce ás palavras mais luminosas, lendo devagar : sul , mar, só...
leio
_____ JRMARTO