O silêncio das mãos...



"as mãos redescobriram o silêncio inesgotável da escrita]
praticam esse ofício muito antigo
de na imobilidade da fala tudo desejarem."


Al Berto, in "Degredo no Sul", Assírio & Alvim, Maio de 2007


"Grandpas Hands", fotografia de John White


14 comentários:

Maria Azenha disse...

no ofício do silêncio da escrita...
***
Chuva no quarto



quatro horas da manhã,
ainda não apaguei a luz.
daqui a nada desaparecerão os sinais
da noite escura.

lembro-me das canções de meu pai
vencendo no mundo
a mentira.

***
mariah

Marta disse...

palavras e imagem em sintonia absoluta!
tanto tudo

e de mãos,
também.

dade amorim disse...

Belo blogue, Lupus.
Grande abraço e boa semana.

Unknown disse...

Estive por aqui conhecendo o seu blog! Abraço Ademar!!!

Helenice Priedols disse...

As mãos como extensões da alma.

E as mãos calejadas, de quem escreveu sua história no mundo.

Belo. Profundo.

PAZ e LUZ

gabriela rocha martins disse...

o silêncio quase total
em que as mãos se enrolam

e dançam
e escrevem
e apertam
e deslaçam
e
se quedam
cansadas

são as nossas armas -
- as mãos


.
um beijo

O Profeta disse...

Ó chamateia que fala da saudade
Ó canção que pões um brilho nos olhos
Ó mulher que tens a forma da viola
Ó que espalhas paixões aos molhos

E o cantar da meia-noite
A todos encanta e seduz
Cantar até que morra a voz
Cantar até que haja luz




Boa semana



Doce beijo

Graça disse...

Al Berto, um poeta que gosto, muito. Bela escolha.

Um beijo de boa noite

Jefferson Bessa disse...

a mão - o antigo ofício das artes! Muito bom.

Um abraço.

Gabriela Rocha Martins disse...

irresistíveis
de
desejos


as mãos


.
um beijo

JOSÉ RIBEIRO MARTO disse...

as mãos
e as palavras,
o eterno encontro
e desencontro...

________ JRMARTO

maré disse...

dois universos

UNOS

Efigênia Coutinho ( Mallemont ) disse...

A Arquitectura das Palavras


Esta belíssima frase sobre "MÃOS". É burilados com metáforas em que a significação natural de uma palavra é substituída por outra, por virtude de relação de contigüidade, para quem as lê, depende sempre de vários fatores culturais do observador-leitor, principalmente do e no meio em que ele vive. A decodificação do receptor, pode não ter a mesma interpretação de quem a emitiu.

ADOREI,
Efigênia Coutinho

susemad disse...

As mãos, o toque, o silêncio...
As mãos...