Fotografia The New York Times
"(...) Na vila de El Brasil, [na Colômbia profunda], Ingrid Ospina, 18 anos, folheava uma cópia de “Margarita”, o clássico livro de poesia de Rubén Darío, da Nicarágua, quando começou a ler em voz alta.
'Ela foi além de onde estão os céus
e disse à lua, au revoir.
Que travessa ter voado tão longe
sem a permissão de Papai.'
'Isso é tão lindo, professor', disse Ospina. 'Quando você volta?'"
Este é um pequeno excerto da deliciosa e comovente reportagem escrita por Simón Romero* para o The New York Times, intitulada "Uma bibilioteca com 4.800 livros e dez pernas".
O artigo conta a História e as histórias de Luís Soriano, um professor numa remota e pobre localidade da Colômbia que decidiu, contra ventos e montanhas, criar uma biblioteca itinerante em cima de dois burros (Alfa e Beta de seu nome) e levar cultura e educação aos mais desfavorecidos. Resultado:a "Biblioburro" é hoje um projecto com raízes fundas, mobilizador de pequenas-grandes transformações.
Notícia originalmente postada aqui: http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL834248-5602,00.html
5 comentários:
onde se prova e comprova que entre o burro e o sábio a diferença está no livro...........
.
um beijo
Donde se comprova que somos um país de burros sem livros. Há muito recolheu às garagens a biblioteca itinerante da Gulbenkian. Mas isso passou-se há decénios. E julgo que tínhamos um regímen ainda pior que o da Colômbia de hoje.
a Gabriela disse tudo!
só acrescento...
só a vontade do Homem pode mudar o mundo.
um beijo
Maravilhosa iniciativa.
Dizem que os burros, por cá, estão em extinção...
Há que proteger esta espécie que carrega, desinteressadamente, imensa sabedoria.
Um bjo e uma flor
...lindo...
fez da própria vida sua poesia...
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