Fogo-posto



                                                                        ao Geraldo, amigo-árvore


O castanheiro toma o pulso à labareda.
Ausculta-lhe a deflagração dos pulmões,
a crepitação que ascende dos flancos.
Na fronte da chama rememora
a torrente de oiro do outono.


V. Solteiro

1 comentário:

BlueShell disse...

Vim pelo Jorge e me deleitei neste poema. Belíssimo.
Parabéns.
BShell