O caule e a cal...



























Não cales o sangue que corre
na nuvem do gesto.
Com mãos de cal
rasga a folha que ainda verte
o canto da trégua.

Fulmina os dedos
da tempestade!

Nas veias do relâmpago
há uma língua que se refaz.
No caule da saliva
há um pulso que não se aquieta.

Texto e fotografia de V. Solteiro

[a]Fiar o tempo


centelha de luz
desfiando
a colcha do tempo
a borboleta
desenha na íris
a branca asa
do linho


Texto e fotografia
de V. Solteiro