Entre[a]berto


ardem de desejo
as paredes
ainda que uma fenda
as rasgue
e a ruína se apodere
do seu corpo
a cal teima em ferver
nas brancas órbitas
do postigo

Texto e fotografia
de V. Solteiro

11 comentários:

Kézia Lôbo disse...

Da uma olhadinha na minha obra
COnfira o epilogo do Livro: O Coração de Salatiel: http://bit.ly/9tkOoT

maré disse...

há sempre uma fonte
a sustentar o fogo.
uma fresta
permissível
à luz

_____

beijo

. intemporal . disse...

.

. ardo pela justiça da im.parcialidade .

. de quem conhece a.penas a face errante .

. ".__________________" e deixo um abraço .

.

. paulo .

.

. "_____" .

. onde as palavras sobram, por des.prezo .

.

Aníbal Duarte Raposo disse...

Gostei muito deste poema.

Jefferson Bessa disse...

a fenda da parede - como a abertura de olhos; fenda pela qual tudo se anima e vibra em vida.
Adorei a leitura, Vítor!

abraço, amigo!

Jefferson.

Lídia Borges disse...

De como as palavras pintam a imagem em pinceladas quentes de cal...


L.B.

Carmo disse...

Passei por aqui e gostei muito do seu espaço

Bom fim de semana

Gabriela Rocha Martins disse...

há sempre um olhar mais além.....




.
um beijo

Sonia Schmorantz disse...

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,
e o sono, a mais incerta barca,
inda demora,
quando azuis irrompem
os teus olhos
e procuram
nos meus navegação segura,
é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,
pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade

Um lindo domingo e uma semana de paz e sucesso em tudo que fizer.
Um abraço

Sônia

Graça disse...

metaforicamente se entreabre a imagem... belo! adorei este poema.


um beijo e boa semana

Luciana Cavalcanti disse...

Belo poema!!!
Belo! Belo!