Sal.va.guarda...





















Recolectora de brumas
e búzios
a gaivota
debica no areal
os resquícios
da civilização


Rude mareante
de plumas de crude
engalanada
no seu aquilino peito
ferve o sal
da delação


Cristalizada pelo halo
do vento norte
o grito que amordaça
escava na duna
um refúgio
para a solidão



Poema e fotografia
de V. Solteiro

A mão univer.sal...


Curvado sobre o próprio
destino
impróprio para fracas hastes
o jovem marnoto
nunca cobiçou a brancura
do seu reino
de cisnes e açucenas


Ele sabe há muito
que a luz que o
encandeia
liberta
aqueles que
com videntes mãos
sabem erguê-la


Poema e fotografia de
V. Solteiro