Aquecimento global: o desafio está nas nossas mãos


"(...) Se quisermos resolver com seriedade o problema do aquecimento global, e da nossa sustentabilidade neste planeta, todo o esforço da sociedade deve ser empreendido no sentido de parar o desmatamento imediatamente, já! Se obtivermos êxito neste primeiro desafio, aí sim poderemos partir para os próximos: fontes alternativas de energia, projetos de seqüestro do carbono para reduzir os índices aos níveis da era pré-industrial permitindo a regeneração de florestas nativas, plantando árvores etc. Se não conseguirmos vencer nem este primeiro desafio, que não depende de avanços tecnológicos e tampouco gera desenvolvimento - só dependem do simples cumprimento das leis - podemos nos preparar para o pior, que nos espera num futuro bem próximo. Preservar o que resta de nossas florestas é a maneira mais racional e óbvia de prolongar nossa vida na Terra."

Germano Woehl Jr, Doutor em Física e Ambientalista. Dirigente do Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade

Ecodebate.com.br, 07.08.07. Artigo originalmente publicado pela Agência de Informação Frei Tito para a América Latina

http://www.ecodebate.com.br/Principal_vis.asp?cod=5954&cat=

2 comentários:

Dalaila disse...

Todo o desenvenvolvimento sustentável estás nas nossas mãos, mas o problema é que mãos, preocupadas cada vez há menos... levantar o véu, das políticas ambientais preconizadas é urgente.
Mas também é urgente o cidadão comum, olhar para o futuro, também como seu, e não pensar, isto não é para o meu tempo, cada vez se ouve mais essa frase... o que me assusta.
As nossas florestas, ou seja os nossos eucaliptos... Não temos uma floresta planeada, pensada, com árvores densas... temos montes e montes com árvores de crescimento rápido, boa para lenha e que ardem a céu vistos.
Só quando as pessoas perceberem que o seu lar, se estende pela rua, até ao verde, prolongando-se até ao azul, só aí... é que podemos efectivamente evoluir em equilíbrio.
(Alonguei-me demais...)

lupuscanissignatus disse...

Olá Dalaila!

É urgente re-pensarmos o nosso modelo de desenvolvimento, assente em modos de produção e consumo insustentáveis para o bem-estar planeta e, por consequência, dos organismos e dos seres-humanos.

A sustentabilidade ambiental não pode ser desligada da nossa forma de viver e de estar em sociedade.

Se não invertermos esta lógica depredadora de recursos naturais, se os des-governos continuarem a colocar somente as prioridades no lucro a qualquer preço, as gerações vindouras - os nossos filhos, netos, bisnetos - irão julgar-nos pelo mal que fizemos à nossa Casa Comum - a Terra.

Obrigado pelo comentário. Continuação de boa semana.

Vítor